ENTREVISTA "juntos somos fortes, INTEGRADOS somos imbatíveis.
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Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e da Felicidade – Frente Holística |
1 - A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, em 2006, trouxe diversos benefícios para a população. Nesse contexto, qual a importância da aprovação do PL 2.821, de 2019?
A aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPI) no Sistema único de Saúde, em 2006, através da Portaria nº
971, desencadeou o desenvolvimento de políticas, programas, ações e projetos em
todas as instâncias governamentais, pela institucionalização destas práticas no
SUS, restritas anteriormente a área privada e/ou conveniada. O fato da PNPIC
ter sido criado por portaria e não por uma lei torna essa política frágil em
relação a sua permanência. Com a aprovação do PL 2821/19, essa política se
tornará permanente.
2 - O relançamento da
Frente Parlamentar Mista de Práticas Integrativas já tem data? Qual a
relevância da atuação da Frente para a população brasileira?
A Frente A Frente Parlamentar Mista em Defesa das Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde e da Felicidade – Frente Holística, com
atuação no âmbito da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, deverá ser
instalada entre maio e junho deste ano. Ela tem um papel importante no
fortalecimento e na implementação da Política das PICS. Tem como objetivo,
entre tantos, acompanhar, propor e analisar proposições e programas que
disciplinem todos os assuntos referentes à inclusão das Terapias Integrativas;
sugerir e defender políticas públicas que objetivem a inclusão de Terapias
Integrativas nos Programas de Saúde Públicos e Privados, divulgar as terapias
existentes, bem como os benefícios que elas proporcionam; propor soluções
legislativas, ouvindo as propostas das entidades representativas do segmento
dos terapeutas e as instituições de ensino superior que ministram cursos sobre
a matéria que objetivem a normatização destas terapias, tais como a adoção de
uma política nacional de saúde integrativa; envidar esforços no sentido de aprovar as
propostas que tramitam no Congresso Nacional, que tratam sobre as terapias
integrativas; realizar encontros, simpósios, seminários, reuniões e outros
eventos, com vista a debater as terapias integrativas e a sua importância para
a área da saúde; estimular e divulgar as pesquisas acadêmicas e científicas
referentes às terapias integrativas sob a visão de novos paradigmas; incentivar
e defender as associações de classe, os sindicatos, as cooperativas e as demais
entidades ligadas às terapias integrativas e estimular e apoiar a criação de
Frentes Parlamentares em Defesa das Práticas Integrativas e Complementares nas
Assembleias Legislativas
Entendemos que chegou o momento de tratar a saúde dos
Brasileiros e não somente a doença. Considerando que as terapias Integrativas
compreendem um grupo de práticas não alopáticas e biomédicas de atenção à
saúde, desenvolvidas com racionalidade própria de olhar integral, físico,
energético e espiritual, sendo as mesmas, portanto, consideradas holísticas, as
quais englobam atividades de Terapias reconhecidas pela Organização Mundial de
Saúde - OMS, pela Comissão Nacional de Classificação do Ministério do Trabalho
e Emprego – CONCLA, através de Código correspondente na Classificação
Brasileira de Ocupações e pelo Ministério da Saúde, a nossa proposta é que
todas sejam utilizadas na prevenção de doenças. No RS, dezenas de municípios já
estão adotando o Programa Município Sem Doenças e já obtendo bons resultados. Entre
as terapias ofertadas no Programa Município Sem Doença, estão a Acupuntura,
Antroposofia, Apiterapia, Aromaterapia,
Argiloterapia, Arteterapia, Auriculoterapia, Ayurveda, Benzimento, Biodança, Bioenergética,
Biorressonância, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança Circular,
Dietoterapia, Do-in, EFT (acupuntura sem agulhas), Equoterapia, Água Kangen, Fitoterapia, Geobiologia, Musicoterapia, Naturologia, Naturopatia, Ozonioterapia, Plantas Medicinais, Termalismo, Yoga, entre
outras.
Não temos dúvidas de
que tratar a saúde dos brasileiros se poupa recursos na saúde. Infelizmente, o orçamento que o Ministério da
Saúde destina para as PICS é praticamente zero. A indicação desse tratamento
complementar, no SUS, ocorre no âmbito da Atenção Básica, nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS) e também no atendimento especializado, nas unidades hospitalares
e centros especializados. Porém, pouco ofertado.
Considerando que as Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde (PICS) são recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças, a
recuperação da saúde, melhor qualidade de vida e bem-estar é importante que os
cuidadores sejam os primeiros a terem acesso as PICS. Dentre os principais
benefícios terapêuticos com o uso das PICS podemos citar: maior relaxamento e bem-estar;
melhora da qualidade do sono, ansiedade e quadros depressivos; redução e alívio
da dor; diminuição de sinais e sintomas de diversas doenças; fortalecimento do
sistema imunológico; redução do uso de medicamentos; diminuição de reações
adversas à medicação e melhoria da qualidade de vida.
O “Município Amigo das PICS” é o reconhecimento ao trabalho
realizado pelos municípios que já criaram lei ou ações que têm como objetivo a implementação
das práticas integrativas e complementares em saúde, por meio do atendimento das
terapias reconhecidas pelos SUS. Atualmente 23 cidades gaúchas foram
reconhecidas. Parimos da premissa de que "Juntos somos fortes, INTEGRADOS
somos imbatíveis.
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